Desigualdade na distribuição de renda e riqueza no Brasil é destacada em relatório do Ministério da Fazenda

Um recente e revelador relatório divulgado pelo Ministério da Fazenda trouxe à tona a preocupante desigualdade na distribuição da renda e da riqueza entre a população brasileira. O estudo, que analisou dados das declarações do imposto de renda de 2021 e 2022, revelou que os 10% mais ricos do país concentraram nada menos do que 51% da renda total em 2022, enquanto a metade dos declarantes, representando as pessoas de menor renda, detém apenas 14% do total de ganhos.

Porém, quando o assunto é riqueza, a disparidade é ainda mais alarmante, com os 10% mais ricos concentrando impressionantes 58% da riqueza nacional. Um dos pontos que mais chamou atenção no relatório foi a revelação de que a maior isenção de imposto de renda corresponde aos lucros e dividendos, chegando a representar 35% do total, o que levantou debates e discussões no Congresso Nacional. Em seguida, a segunda maior isenção é referente aos rendimentos de pequenas e microempresas optantes pelo Simples.

Além disso, a pesquisa mostrou que quanto maior a renda, maiores são as despesas dedutíveis apresentadas, com destaque para despesas médicas e previdência. A análise ainda revelou que as deduções se concentram em despesas médicas, representando 38% do total, e na previdência social, com 32%. Curiosamente, os 10% mais ricos concentram cerca de 41% do valor de todas as despesas dedutíveis no imposto de renda.

No que diz respeito à distribuição de renda por regiões, o relatório apontou que o Distrito Federal lidera com a maior renda média do país, equivalendo a mais de R$ 14 mil por mês por pessoa, seguido por estados como São Paulo e Rio de Janeiro. Em contrapartida, o Maranhão é o estado com a menor renda média, com pouco mais de R$ 7 mil por mês.

Um ponto que chamou atenção no estudo foi a desigualdade de gênero na concentração da renda. Apesar das mulheres representarem 51% da população em idade ativa no país, somente 43% delas declaram o imposto de renda, e do total da renda declarada, apenas 37% é das mulheres, enquanto quase 63% é dos homens.

Diante desses dados impactantes, o relatório do Ministério da Fazenda levanta importantes reflexões e debates sobre a desigualdade econômica no Brasil, deixando evidente a urgência de medidas para promover uma distribuição mais justa da renda e da riqueza.

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