Segundo Aécio, a debandada dos vereadores foi motivada pela crise interna causada pela recusa da direção tucana em apoiar a reeleição do atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), nas eleições municipais de 2024. Em entrevista à CNN Brasil, o deputado afirmou que a atitude de João Doria durante as articulações políticas em 2022 foi o principal fator que resultou nessa divisão partidária.
O ex-governador, por sua vez, preferiu não se pronunciar sobre as declarações de Aécio Neves. Vale ressaltar que em março de 2022, Doria abandonou a corrida presidencial pelo PSDB e, posteriormente, em outubro, anunciou sua desfiliação do partido, do qual fez parte por 22 anos.
Com a saída dos oito vereadores do PSDB, a legenda agora se vê sem representantes na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Aécio Neves avaliou que a decisão dos vereadores já era esperada e que estes optaram por buscar a reeleição dentro da estrutura da máquina pública.
Para o deputado, a atitude dos desfiliados reflete a falta de alinhamento com o projeto político de centro que o PSDB busca encarnar, afastando-se da polarização entre os extremos representados por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Aécio afirmou que, apesar das baixas, o partido não está fragilizado e passa por um processo de “lipoaspiração” para se tornar mais eficiente e fortalecer sua posição como líder de centro na política brasileira. A capacidade de dialogar e se reconectar com o país será fundamental para o PSDB retomar seu papel de destaque no cenário político nacional.