Desemprego atinge menor nível desde 2015 e empregados com carteira alcançam maior contingente em oito anos

A taxa de desemprego registrada no trimestre encerrado em agosto foi de 7,8%, o menor patamar desde fevereiro de 2015, quando ficou em 7,5%. Esse dado indica que o desemprego está se aproximando dos níveis observados no início daquele ano, antes da crise econômica que atingiu o país. Apesar dessa melhora, ainda há cerca de 8,4 milhões de pessoas buscando uma oportunidade no mercado de trabalho.

A mediana das projeções dos analistas já apontava para uma taxa de desemprego de 7,8% nesse período. Já no trimestre encerrado em maio de 2023, que serve de base de comparação, a taxa era de 8,3%.

O número de pessoas ocupadas também apresentou um crescimento de 1,3%, alcançando 99,7 milhões. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, Adriana Beringuy, explica que a redução da taxa de desemprego se deve ao aumento do número de pessoas trabalhando. Houve um acréscimo de 1,3 milhão de pessoas ocupadas em relação ao trimestre encerrado em maio, totalizando 99,7 milhões de profissionais com algum trabalho.

Esse cenário favorável na ocupação permite a redução do número de pessoas em busca de uma colocação. Além disso, o número de empregados com carteira assinada no setor privado também aumentou, chegando a 37,25 milhões, o maior contingente desde fevereiro de 2015.

Houve um crescimento no número de empregados sem carteira assinada no setor privado, atingindo 13,2 milhões, assim como os trabalhadores domésticos, chegando a 5,9 milhões. O número de empregadores, empregados no setor público e trabalhadores por conta própria permaneceram estáveis em relação ao trimestre anterior.

As perspectivas para o mercado de trabalho são positivas, uma vez que a atividade econômica está mais resistente, a inflação está controlada e os juros iniciaram um ciclo de queda. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a criação de vagas temporárias deve alcançar o maior patamar em dez anos. A expectativa é que a taxa de desemprego encerre o ano entre 8% e 8,5%.

Em resumo, apesar de haver uma queda na taxa de desemprego e um aumento no número de pessoas ocupadas, ainda há milhões de brasileiros em busca de oportunidades no mercado de trabalho.

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