A presença de Cristofani no julgamento gerou discussões nos bastidores, principalmente após a divulgação de uma foto em que ela aparece ao lado de Moro, quando ele ainda era juiz federal. Questionada sobre a possibilidade de amizade com o senador, a magistrada afirmou que nunca foi amiga de Moro e que qualquer contato que teve com ele foi meramente casual.
O TRE-PR emitiu uma nota reforçando a confiança na imparcialidade dos seus sete juízes, afastando assim qualquer possibilidade de impedimento ou suspeição em relação a Cristofani. Moro responde a duas ações de investigação judicial eleitoral (AIJEs) movidas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PV e PCdoB. Para que o senador seja cassado, a maioria dos membros do tribunal precisa votar pela sua culpa.
O desfecho do julgamento no TRE-PR pode não ser definitivo, já que qualquer uma das partes envolvidas pode apresentar recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, posteriormente, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo em caso de condenação, Moro continuará no cargo de senador até que haja um pronunciamento final do TSE. A análise do caso de Moro traz à tona reflexões sobre o sistema político e eleitoral brasileiro, especialmente no que diz respeito ao abuso de poder econômico.
A expectativa é que o julgamento seja concluído nesta segunda-feira, com os votos dos demais desembargadores presentes no tribunal. Este é um momento crucial para a trajetória política de Sergio Moro e para a democracia brasileira como um todo, uma vez que decisões jurídicas dessa natureza impactam diretamente a representatividade e a legitimidade das instituições. O desfecho desse caso certamente terá desdobramentos importantes no cenário político nacional.
