Desembargador proíbe entrega de título a Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal e determina realização na Câmara de São Paulo.

Na noite desta sexta-feira (22), o desembargador Martin Vargas, da 10ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), emitiu uma decisão que proíbe a realização da cerimônia de entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Theatro Municipal de São Paulo, marcada originalmente para a próxima segunda-feira (25). A determinação veio após um recurso apresentado pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e pela ativista Amanda Paschoal.

De acordo com Vargas, a cerimônia deve ocorrer na Câmara Municipal de São Paulo, sob pena de multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da ordem. O desembargador justificou sua decisão com base em indícios de que transferir o evento para o Theatro Municipal violaria os princípios da administração pública.

A ação também é vista como uma antecipação da campanha eleitoral, já que o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que viabilizou o agendamento do evento no Theatro Municipal, recebe apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela reeleição na Prefeitura de São Paulo.

O vereador Rinaldi Digilio (União Brasil), responsável por solicitar o teatro para o evento, alegou que a Câmara não comportaria o número de convidados. No entanto, Vargas observou que essa justificativa não condizia com informações sobre a transmissão online do evento e a distribuição limitada de ingressos.

Diante das alegações de propaganda eleitoral antecipada, o desembargador afirmou que essa questão não compete ao tribunal julgar, sendo necessário um enfoque no âmbito eleitoral.

A cerimônia de entrega do título a Michelle Bolsonaro foi aprovada pela Câmara Municipal de São Paulo em novembro do ano passado, mas a decisão de Vargas altera significativamente os planos para o local do evento. O desdobramento dessa situação deve continuar a gerar discussões e debates nos próximos dias.

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