Desembargador do TJ-PR cassa liminar que censurou matéria sobre suspeitas de corrupção envolvendo presidente da Assembleia Legislativa.

O desembargador Rosaldo Elias Pacagnan, do Tribunal de Justiça do Paraná, tomou uma decisão que reverte o cenário de censura a matérias que abordam suspeitas de corrupção envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Ademar Traiano (PSD), e o ex-deputado Plauto Miró. A liminar de primeira instância que havia determinado a retirada de reportagens do ar foi cassada, considerando que o interesse público no caso é “evidente”.

Em sua decisão, o desembargador ressalta que “nós, agentes públicos, temos contas a prestar”, enfatizando a importância da transparência e do acesso à informação no contexto político. A revogação da liminar vem em resposta à solicitação de Traiano, que havia acionado a Justiça para que as reportagens fossem retiradas do portal G1, da RPC (afiliada da TV Globo no Paraná) e do portal Plural.

A polêmica tem como ponto de partida a delação premiada do empresário Vicente Malucelli, que implicou Ademar Traiano e Plauto Miró em supostos atos de corrupção. Procurados para comentar o caso, os políticos optaram por não se pronunciar. A decisão inicial, assinada por uma juíza plantonista, gerou controvérsias ao determinar a retirada das matérias já publicadas e impedir novas publicações sobre o assunto.

Agora, com a cassação desta liminar, a liberdade de imprensa se fortalece, uma vez que as matérias terão possibilidade de serem exibidas e novas informações poderão ser divulgadas. A transparência e o direito da população de ter acesso a informações de interesse público encontram respaldo nessa decisão judicial, que ressalta a importância da liberdade de expressão e do papel da imprensa no processo democrático.

A controvérsia levantada pela delação premiada de Vicente Malucelli continua a despertar interesse e atenção, e a reviravolta causada pela cassação da liminar evidencia a relevância do caso. A sociedade civil aguarda desdobramentos e desdobramentos sobre o assunto, reforçando a necessidade de transparência e responsabilização por parte dos agentes públicos.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo