A nova data para o julgamento ainda é incerta, já que o TRE aguarda a chegada de um novo juiz para preencher a vaga em aberto na Corte. Além disso, a escolha do novo juiz caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que, segundo alguns analistas, pode aumentar as chances de um revés para Moro, sendo Lula seu adversário político.
As ações que pedem a cassação de Moro são movidas pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro, e pela Federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PCdoB e PV, do atual presidente Lula. Se for condenado, o ex-juiz perde o mandato e pode ficar inelegível. O Ministério Público Eleitoral (MPE) apoia a cassação de Moro por abuso de poder econômico nas eleições de 2022, alegando que seus gastos na pré-campanha excederam o limite razoável.
Moro negou que sua pré-candidatura presidencial tenha influenciado sua campanha ao Senado em depoimento à Justiça Eleitoral, afirmando que já era amplamente conhecido antes de anunciar sua pré-candidatura. No entanto, a situação do senador ainda é delicada, já que ele também está na mira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que investiga se ele usou sua posição na magistratura para fins político-partidários e se houve irregularidades na gestão das multas dos acordos de delação e leniência homologados na Lava Jato.
Todo esse cenário coloca Sérgio Moro em uma posição delicada, com múltiplas frentes de contestação à sua conduta tanto política quanto jurídica. O desfecho dessas investigações promete ser um dos grandes destaques da política brasileira nos próximos meses. A população aguarda ansiosamente para ver como o novo presidente do TRE-PR, Bengtsson, conduzirá esses casos de grande repercussão social e política.