Deputados federais trocam acusações e precisam ser separados por colegas durante briga acalorada no plenário da Câmara.

Na tarde de segunda-feira, no plenário da Câmara dos Deputados, ocorreu um episódio inusitado e bastante acalorado envolvendo os deputados federais Lindbergh Farias, do PT-RJ, e Carla Zambelli, do PL-SP. A discussão acalorada entre os parlamentares começou após apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro fazerem menção ao Hamas, organização terrorista palestina responsável por ataques recentes a civis israelenses.

Lindbergh, questionando as ações dos apoiadores de Bolsonaro, questionou se aqueles que participaram dos ataques golpistas no 8 de janeiro também não seriam terroristas. Ao ser interrompido por Zambelli, que questionou sobre o Hamas, o deputado petista não hesitou em chamar a congressista de terrorista.

No calor da troca de acusações, Zambelli retrucou, dizendo que Lindbergh não “honrava o que tinha no meio das pernas”, referindo-se ao fato de o deputado se retirar do plenário após fazer suas falas. Lindbergh, por sua vez, provocou a congressista a permanecer no local. A resposta de Zambelli foi associar Lindbergh ao terrorismo, fazendo referência ao apelido “lindinho”, dado a ele por delatores da Odebrecht.

A discussão continuou acalorada, com Zambelli afirmando que a lista da Odebrecht e o terrorismo andavam de mãos dadas. Ela ainda salientou que não se preocupava com pessoas que apontavam o dedo para ela, fazendo menção a Lindbergh como “sem-vergonha” e “vagabundo”. Por fim, a deputada pediu para que o colega lavasse a boca com sabão antes de falar de sua família e da forma como ela a protege.

Em meio à confusão, Lindbergh pediu um direito de resposta, mas os ânimos já estavam exaltados demais. A presidente da sessão tentou acalmar a situação, porém, Zambelli e Lindbergh não pararam de trocar insultos cara a cara. Foi necessário o auxílio de outros parlamentares para apartar a briga e evitar que a situação piorasse.

O clima no plenário ficou bastante tenso, com Zambelli gritando “Seu machista nojento”, enquanto os dois deputados eram isolados. A cena chamou a atenção dos demais parlamentares presentes e, certamente, será lembrada por um bom tempo.

Episódios como este evidenciam o clima acirrado e polarizado que tem marcado a política brasileira nos últimos tempos. A falta de diálogo e o uso de ofensas pessoais apenas contribuem para o enfraquecimento do debate político e para a perpetuação de uma cultura de confronto. Fica a esperança de que os parlamentares saibam colocar os interesses da população acima de suas divergências pessoais e trabalhem em prol do bem comum.

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