Os fatos que embasaram a denúncia ocorreram em dezembro de 2021, quando Gilvan chamou a então vereadora de “assassina de crianças” e “satanista”. Segundo a acusação do MPE, o deputado teria menosprezado a condição de mulher de Camila Valadão com o objetivo de prejudicar o exercício de seu mandato e a teria injuriado ao fazer referências pejorativas sobre sua religião.
O episódio em questão teve início quando o deputado se indignou com a presença de professores no plenário e passou a proferir ataques direcionados à vereadora, que tentava defender os profissionais presentes.
Esta não é a primeira vez que Gilvan da Federal se torna réu na Justiça. Em 2022, ele foi denunciado por transfobia após um embate em plenário com a ativista transexual Deborah Sabará. Na ocasião, o deputado declarou que Deborah não era uma mulher, alegando que “Deus fez o homem e a mulher, o resto é jacaré”.
Diante da decisão da Justiça Eleitoral, Camila Valadão se mostrou emocionada com a possibilidade de finalmente ver as agressões que sofreu sendo levadas a sério. A deputada afirmou ter sido constantemente interrompida, desqualificada e insultada por Gilvan da Federal durante seu mandato na Câmara Municipal de Vitória.
O GLOBO buscou entrar em contato com o deputado Gilvan da Federal, porém, até o momento, não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para eventuais manifestações por parte do réu.