Deputado Chiquinho Brazão tem análise sobre prisão preventiva adiada na Comissão de Constituição e Justiça após pedido de vista coletivo

Após um pedido de vista coletivo, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados decidiu adiar a análise sobre a manutenção da prisão preventiva do deputado Chiquinho Brazão (RJ). O deputado, expulso do União Brasil, encontra-se detido desde o último domingo, juntamente com seu irmão Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), medida esta validada pela primeira turma do tribunal.

Chiquinho Brazão é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. Na época do crime, o deputado era vereador na capital fluminense, e desde então tem sido alvo de investigações sobre sua suposta ligação com milícias e grupos criminosos.

Durante a reunião da CCJ, o deputado Gilson Marques (Novo-SC) solicitou vista do ofício enviado pelo STF à Câmara comunicando a prisão de Chiquinho Brazão. Marques destacou a ausência de documentos importantes, como o relatório da Polícia Federal e a decisão de Moraes, que não estavam disponíveis para consulta.

Outro deputado, Roberto Duarte (Republicanos-AC), também pediu vista do ofício, argumentando a gravidade do crime pelo qual Brazão é acusado e a necessidade de uma análise mais aprofundada da prisão preventiva.

Por videoconferência, Chiquinho Brazão defendeu-se das acusações, alegando que suas ações na Câmara Municipal visavam apenas aprovar um projeto de lei sobre condomínios irregulares, e não tinham relação com o assassinato de Marielle Franco.

A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) refutou as justificativas de Brazão, mencionando a histórica ligação da família Brazão com milícias e a obstrução da justiça durante o mandato do deputado. Ela também criticou a inclusão de testemunhas falsas no processo e a falta de respostas do Estado brasileiro diante do crime.

O advogado de defesa de Brazão argumentou que a comissão deveria avaliar a legalidade da prisão, não a culpabilidade do deputado. A decisão final sobre a manutenção da prisão deve ocorrer após 9 de abril, devido à ausência de sessões na próxima semana devido à janela partidária.

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