Deputado Carlos Jordy é chamado de ‘meu líder’ por líder da extrema direita de Campos dos Goytacazes em mensagens apreendidas pela PF.

A Polícia Federal encontrou mensagens comprometedoras na investigação sobre a suposta participação do deputado federal Carlos Jordy nos atos do dia 8 de janeiro. Em uma conversa, Carlos Victor Carvalho, conhecido como CVC, uma liderança da extrema direita em Campos dos Goytacazes, chama Jordy de ‘meu líder’. Segundo as investigações, CVC é apontado como administrador de pelo menos 15 grupos da militância de extrema direita na cidade e teria sido responsável por organizar atos antidemocráticos. A polícia encontrou também mensagens em que CVC pede orientação ao deputado sobre os eventos.

CVC foi preso em janeiro de 2021 pela Operação Ulysses, acusado de financiar ônibus que transportaram manifestantes a Brasília no dia 8 de janeiro. Além disso, ele foi responsabilizado por bloqueios em Campos. Após 10 dias preso provisoriamente, a justiça converteu a prisão em preventiva. Contudo, posteriormente, o juiz Marcelo Bretas, determinou sua soltura.

CVC concorreu ao cargo de vereador em 2020 e foi eleito primeiro suplente do Partido Republicano, com 2.292 votos. Posteriormente, assumiu um cargo de assessor especial com salário de R$5.240 no gabinete do deputado estadual Fillipe Poubel (PL), mas foi exonerado após sua prisão.

Ao longo dos anos, CVC organizou diversas manifestações da extrema direita em Campos, incluindo um ato em julho de 2021 a favor do voto impresso, uma das bandeiras de Bolsonaro.

Após a eleição de Lula, CVC iniciou a convocação de atos que contestavam o resultado das urnas. Em um vídeo gravado em novembro de 2022, ele chegou a proclamar uma “intervenção federal” e afirmou que não aceitariam um “bandido condenado na presidência”.

Como representante da extrema direita em Campos, CVC foi um nome influente no movimento e teve relevância na organização de atos e manifestações na região. As mensagens encontradas e suas ações ao longo dos anos levantam questões sobre sua possível ligação com o deputado Carlos Jordy e ampliam a investigação sobre possível envolvimento deste na organização dos atos de janeiro de 2021.

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