Por outro lado, 12 indivíduos decidiram se manifestar diante das autoridades. Entre os que prestaram declarações estão o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Junior, o ex-comandante do Exército Marco Antonio Freire Gomes, o ex-ministro Anderson Torres e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Essas revelações foram divulgadas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira.
A justificativa mais recorrente entre aqueles que optaram pelo silêncio foi a falta de acesso a todos os elementos da investigação. Mesmo com a concessão de acesso aos autos por parte do ministro Moraes, as defesas alegaram que não tiveram acesso a todas as informações necessárias para se manifestarem de forma contundente.
Por exemplo, a defesa de Bolsonaro afirmou que o ex-presidente está disposto a cooperar com a investigação, mas preferiu se calar devido à falta de acesso a todos os elementos probatórios. Já o ex-ministro Augusto Heleno detalhou que não poderia se manifestar por não ter tido acesso à delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, nem a todos os materiais apreendidos.
O cenário de silêncio e tensão se intensificou com a declaração do coronel Marcelo Câmara, que afirmou não ter prestado depoimento por estar sem seu advogado, que estava acompanhando outro investigado. Sua defesa já solicitou um novo depoimento diante dessa situação.
Em resumo, a Operação Tempus Veritatis revelou um ambiente de cautela e segredos entre as figuras intimadas a prestar depoimento. Ainda há muitas incógnitas a serem desvendadas nesse complexo quebra-cabeça investigativo.
