Criticada por Marx Beltrão, exclusão de LGBTs do Plano Nacional do Turismo deve ser discutida na Câmara

O governo do presidente Jair Bolsonaro publicou na semana passada, em edição do Diário Oficial da União, o decreto que aprovou o Plano Nacional de Turismo (PNT) 2018-2022. O novo texto vetou o incentivo ao turismo LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

Os turistas LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) representam 10% dos viajantes no mundo e movimentam 15% do faturamento do setor, segundo dados do plano original que tem como base estudos internacionais que são referência sobre o assunto.

No plano original, elaborado na gestão do ex-ministro do Turismo Marx Beltrão, as estratégias previam “sensibilizar o setor para a inclusão das pessoas idosas e do público LGBT no turismo”. Agora, elas se restringem ao público idoso. Nesta segunda-feira (20), Marx Beltrão criticou a alteração do Plano promovida pelo atual governo.

“Um erro e uma prova de que questões ideológicas não podem nortear a gestão do país. Do mesmo modo é uma prova de que gestão pública precisa ser feita com tolerância e com sentimento de inclusão, jamais com preconceito. O público LGBT é volumoso e merece respeito, sendo um grande consumidor de produtos do turismo. Mundialmente, os planos de turismo dos países que mais recebem turistas apresentam este item, assim como itens voltados também para outros públicos estratégicos”, afirmou Marx Beltrão.

Marx Beltrão pretende levar o tema para a pauta da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados. “Vamos mobilizar a Comissão e também a Frente Parlamentar do Turismo no Congresso para discutir este tema. Precisamos desenvolver o turismo e o turista ordeiro, que vem ao Brasil para conhecer nossos inúmeros atrativos, não pode ser alvo de preconceito independentemente de sua orientação sexual” concluiu o parlamentar.

Mesmo retirando o fomento ao turismo da população LGBT, o novo plano propõe aumentar a entrada anual de visitantes internacionais no País, de 6,5 milhões de pessoas para 12 milhões de pessoas. Em abril deste ano, durante um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil “não pode ser o País do turismo gay”.

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