Crise humanitária em Gaza: Israel ordena a retirada de mais de 1 milhão de pessoas enquanto ataques aéreos continuam.

Na sexta-feira, centenas de pessoas foram forçadas a deixar o norte de Gaza, depois que Israel emitiu uma ordem de retirada para 1,1 milhão de pessoas se dirigirem ao sul da cidade. O resultado foi um movimento caótico e extremamente perigoso, já que só existe uma estrada principal na região, que está densamente povoada. As ruas estão cheias de escombros e o combustível é escasso. Além disso, não há sinais de que os ataques aéreos israelenses foram interrompidos.

A ordem de retirada abrange não só a cidade de Gaza, mas também dois grandes campos de refugiados, Jabalya e Beach, além das cidades de Beit Hanoun e Beit Lahia, que ficam perto de Erez, principal ponto de passagem na Faixa de Gaza.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, declarou que os militares estão cientes de que a retirada levará algum tempo, afirmando que estão tentando dar tempo aos civis. No entanto, como se trata de uma zona de guerra, não é possível precisar quanto tempo será necessário.

Enquanto isso, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, comparou o deslocamento em massa de civis ao exílio de 1948, chamando-o de “segunda Nakba” (catástrofe em árabe) para o povo palestino. Abbas afirmou isso em um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias palestina Wafa.

Por sua vez, o grupo terrorista Hamas rejeitou a ordem de retirada, afirmando que o povo palestino não deve ceder às ameaças da ocupação israelense e fugir para o sul ou para o Egito. O grupo está se preparando para uma possível incursão terrestre do exército israelense no enclave palestino.

A situação em Gaza é extremamente tensa e volátil. Com o movimento em massa de pessoas, aumenta o risco de mais vítimas e danos. A comunidade internacional busca uma solução diplomática para acabar com a violência e garantir a segurança dos civis. Porém, até o momento, não há um fim à vista para o conflito.

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