Cras Cidade Sorriso participa de projeto de extensão da Ufal

Além dos cursos de formação, iniciativa vai desenvolver atividades socioeducativas com crianças e adolescentes assistidos pela unidade

A equipe técnica do Centro de Referência de Assistência Social, Cras Cidade Sorriso, participou na última quinta-feira (18) do Projeto de Extensão Educação contra Violências e Opressões nos Serviços Direcionados a Crianças e Adolescentes. A assistente social, Mariele dos Santos, que coordena o equipamento da Assistência Social, proferiu uma palestra sobre o tema.

Com o intuito de identificar violências e opressões praticadas contra crianças e adolescentes, o projeto de extensão é uma iniciativa da Universidade Federal de Alagoas e conta com a participação dos servidores do Cras Cidade Sorriso. Mariele dos Santos pontuou a relevância da atuação da equipe técnica na ação. Ela ressaltou a importância da interlocução entre a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e a Ufal, que já ocorre há quase nove anos.

“Essa parceria vem nos ajudando a ampliar nosso universo de informação e formação profissional, que busca, sobretudo, melhorar os atendimentos direcionados aos usuários e organizar, de forma eficiente, os fluxos de encaminhamentos e orientações. Na palestra, debatemos acerca da função do Cras e do trabalho executado por todos os nossos servidores”, explicou Mariele dos Santos.

A professora universitária, Márcia Iara Costa da Silva Rêgo, coordena o projeto de extensão. Ela ressaltou que a formação é dividida em duas etapas. A primeira envolve a oferta de cursos de capacitação que serão ministrados com o objetivo de tornar profissionais e estudantes aptos a identificar casos de agressão. Já a segunda etapa vai construir o planejamento e desenvolver ações com crianças, adolescentes e famílias assistidas pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do Cras Cidade Sorriso.

“Nosso projeto tem como objetivo despertar nos profissionais e estudantes a necessidade de compreender e intervir, de forma qualificada, nas diversas formas de violências e opressões enfrentadas por crianças e adolescentes. Esperamos que esses indivíduos sejam multiplicadores e mobilizem a rede de atendimento numa perspectiva intersetorial, priorizando e se colocando a serviço da comunidade”, ressaltou a professora.

A estudante universitária, Míriam Albuquerque, é estagiária no Cras Cidade Sorriso. Ela diz que participar do projeto de extensão é primordial para a sua formação e futura prática profissional como assistente social. ” A extensão une a Ufal, o Cras e a comunidade, o que possibilita a elaboração de ações e estratégias de enfrentamento às desigualdades sociais. Como estagiária do Cidade Sorriso é muito importante para minha formação profissional, porque amplia e enriquece os conhecimentos já adquiridos”, contou.

O Cras Cidade Sorriso fica localizado no bairro Benedito Bentes. Na localidade há a incidência da exploração do trabalho infantil por conta de marcadores raciais, conforme apontam pesquisas realizadas na região pelo Núcleo da Criança e do Adolescente da Ufal em parceria com o Ministério Público do Trabalho.

“Verificamos as necessidades dos usuários dos serviços da unidade e vamos desenvolver ações socioeducativas que irão aproximar os serviços dos usuários. Queremos, especialmente, incentivar as práticas humanizadas antirracistas e não-violentas. A finalidade é qualificar o atendimento com a elaboração de material didático, informou Márcia Iara. A conclusão do projeto de extensão está prevista para março de 2022.

Material utilizado em atividades do Serviço de Convivência. Foto: Aquivo/Ascom Semas.

Iara Alencar (estagiária) / Ascom Semas

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