Além de Sousa, a CPI também ouvirá Thales Sampaio, geólogo e servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), que foi o primeiro a relacionar os eventos em Maceió à Braskem. Segundo o senador Rodrigo Cunha, Sampaio passou meses morando na cidade, reuniu tecnologia mundial e elaborou um laudo técnico detalhando o que estava ocorrendo.
Na terça-feira, a CPI ouviu Abel Galindo Marques, engenheiro civil e professor aposentado da Ufal, conhecido por alertas sobre possíveis desabamentos nas minas da Braskem em Maceió. Também prestaram depoimento José Geraldo Marques, doutor em ecologia e vítima da evacuação dos bairros afetados, e Natallya de Almeida Levino, engenheira responsável por pesquisas sobre a subsidência em Maceió.
A CPI, presidida pelo senador Omar Aziz e instaurada a partir de requerimento de Renan Calheiros, tem como objetivo investigar os impactos jurídicos e socioambientais da Braskem no afundamento do solo em Maceió. O prazo para conclusão dos trabalhos é até 22 de maio, com um orçamento limitado a R$ 120 mil e a comissão é composta por 11 membros titulares e 7 suplentes.
Os moradores dos bairros do Pinheiro, Farol, Bebedouro, Bom Parto e Mutange foram recomendados a deixar suas casas após o registro do primeiro tremor em 2018. Em julho de 2023, a Braskem firmou um acordo com a prefeitura de Maceió no valor de R$ 1,7 bilhão para indenizar os danos causados e realocar a população afetada. No entanto, novos abalos foram registrados na cidade após a assinatura do acordo.