Desenvolvido com técnicas avançadas de computação, o “Coyote” monitora o acesso dos usuários a sites bancários específicos, podendo até mesmo desviar transferências para contas de criminosos quando detecta ações financeiras específicas. Além disso, o malware é capaz de tirar prints das telas dos usuários sem que estes percebam, revelando dados sensíveis como senhas, datas de nascimento e chaves de acesso a aplicativos financeiros.
A empresa especialista em cibersegurança, Kaspersky, foi a responsável por detectar a ameaça representada pelo “Coyote”. De acordo com dados da empresa, houve um aumento significativo no número de ataques de trojans bancários nos últimos três anos, totalizando mais de 18 milhões em 2023. Isso aponta para a importância de manter as defesas digitais atualizadas, a fim de proteger informações importantes e evitar possíveis roubos ou fraudes.
Além disso, os hackers por trás do “Coyote” têm utilizado estratégias sofisticadas para evitar a detecção do malware, instalando o programa em dispositivos de vítimas através de métodos pouco conhecidos. Os dados da Kaspersky revelam que cerca de 90% das infecções pelo “Coyote” têm origem no Brasil, impactando significativamente a segurança financeira cibernética na região.
O malware utiliza a linguagem de programação moderna e multiplataforma Nim como carregador para o processo de infecção, demonstrando a adaptabilidade dos cibercriminosos às últimas tendências tecnológicas. Como medida de proteção, a Kaspersky recomenda instalar apenas aplicativos de fontes confiáveis, evitar abrir links ou documentos suspeitos e utilizar soluções de segurança que protejam contra uma ampla gama de ameaças financeiras.
Para instituições financeiras, os especialistas da Kaspersky recomendam fornecer treinamento de conscientização sobre cibersegurança, habilitar uma política de Negação Padrão para perfis de usuários críticos e manter as atualizações e patches mais recentes para todos os softwares utilizados. Essas medidas visam fortalecer a segurança digital e evitar possíveis ataques e fraudes financeiras.
Diante do avanço constante das ameaças cibernéticas, a conscientização e a implementação de medidas de proteção se tornam essenciais para manter a segurança financeira e a privacidade dos usuários e instituições. O “Coyote” representa apenas uma das muitas ameaças que podem surgir no ambiente digital, evidenciando a importância de se manter vigilante e adotar práticas seguras na utilização de dispositivos eletrônicos e serviços bancários online.
