Segundo Gates, a meta mais fraca acordada na COP21 em Paris, que é manter o aquecimento em 2º C, “não é tão provável”. Ele trouxe à tona a preocupação sobre os efeitos catastróficos que um aumento de 3ºC em relação aos níveis pré-industriais poderia desencadear. Estudos apontam que até 50 milhões de pessoas poderiam ser expostas regularmente a temperaturas letais, com cidades como Nova York sofrendo até três inundações por ano e o aumento significativo de pessoas enfrentando condições de calor perigoso em cidades africanas.
No entanto, Gates também destacou soluções e avanços promissores na luta contra as mudanças climáticas. Ele citou a fusão e a fissão nuclear, bem como o aço verde, como algumas das soluções com as quais está otimista. Além disso, a importância de reunir startups de tecnologia limpa com grandes empresas de setores que precisam se descarbonizar foi enfatizada.
A COP28, realizada este ano e organizada pelos Emirados Árabes Unidos, foi palco de controvérsias devido à adesão ao setor de combustíveis fósseis. Enquanto alguns defendem a necessidade de envolver esse setor nas conversas climáticas, críticos argumentam que as ações concretas para a transição para alternativas sustentáveis ainda são insuficientes.
Gates ressaltou a importância de superar a concorrência dos combustíveis fósseis, sugerindo que estes não deveriam receber subsídios e que um imposto sobre o carbono deveria ser implementado ao longo do tempo para promover a transição para fontes de energia limpa.
Em meio a estas discussões, as palavras do cofundador da Microsoft e seus alertas sobre os desafios iminentes destacam a urgência e a complexidade do combate às mudanças climáticas, bem como a necessidade de ações concretas e colaboração global para enfrentar este problema crescente.
