Consumo de cigarros eletrônicos cresce 600% em seis anos no Brasil, enquanto Anvisa debate sua proibição.

O consumo de cigarros eletrônicos no Brasil tem crescido consideravelmente nos últimos anos, com um aumento de 600% nos últimos seis anos. O Instituto de Pesquisas Ipec aponta que quase três milhões de adultos são usuários de cigarros eletrônicos no país, com os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal liderando a lista.

A ex-diretora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Alessandra Bastos, defende a derrubada da proibição dos cigarros eletrônicos no Brasil, enfatizando que, diante da realidade do consumo desses produtos, a regulamentação seria uma forma de reduzir os riscos à saúde se comparado com o consumo de cigarros tradicionais. Bastos ressalta que o apoio à regulamentação não é uma apologia, mas sim uma questão de saúde pública.

Ela ainda destaca que, em alguns países, os vapes fabricados de acordo com normas oficiais podem servir como uma ferramenta de substituição para fumantes de cigarros comuns, oferecendo uma opção menos prejudicial à saúde. Segundo Bastos, os cigarros eletrônicos apresentam um risco à saúde 95% menor em comparação com o tabaco que queima a nicotina.

O médico pneumologista Rodolfo Behrsin também compartilha da opinião de que a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil poderia melhorar a qualidade dos produtos, citando os resultados positivos da regulamentação na Suécia.

Em dezembro passado, a Anvisa abriu uma consulta pública para colher opiniões sobre a manutenção da proibição de cigarros eletrônicos no país. O prazo para contribuições vai até 9 de fevereiro.

A discussão sobre a regulamentação dos cigarros eletrônicos envolve questões complexas, que vão desde a saúde pública até a produção e comercialização desses produtos. Com opiniões divergentes, a Anvisa continua buscando embasamento para tomar uma decisão que atenda tanto às necessidades dos usuários desses dispositivos quanto à proteção da saúde da população. O debate promete ser acalorado, uma vez que envolve interesses de diferentes setores da sociedade.

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