Consumo de álcool dos pais influencia hábito nos filhos, aponta estudo do CDC dos EUA.

Um estudo recente, publicado na revista científica Journal of Adolescent Health, mostrou que os pais têm um grande impacto no consumo de álcool de seus filhos. A pesquisa, conduzida pelos pesquisadores do Programa de Álcool dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), revelou que adolescentes cujos pais bebem regularmente ou em excesso têm quatro vezes mais chances de beberem sozinhos.

O estudo analisou dados de 740 pares de pais e filhos que participaram da pesquisa SummerStyles e YouthStyles de 2020. Os participantes responderam um questionário sobre consumo de álcool nos últimos 30 dias. Os resultados mostraram que, no geral, 6,6% dos adolescentes consumiam álcool, sem diferenças significativas por dados sociodemográficos. No entanto, os adolescentes cujos pais bebiam com frequência, pelo menos cinco dias por mês, ou em excesso, tinham uma probabilidade significativamente maior de beber do que aqueles cujos pais não apresentavam esse padrão de consumo.

É importante ressaltar que o consumo excessivo de álcool é definido como pelo menos quatro doses para mulheres e cinco bebidas para homens em uma ocasião. O consumo de álcool por menores é um problema recorrente, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Isso eleva o risco de lesões, suicídio, violência e pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro dos adolescentes.

A conexão entre o consumo de álcool dos pais e dos filhos pode ser explicada por diversos fatores. Sabe-se que a permissividade dos pais em relação ao álcool influencia o consumo dos filhos. Os adolescentes têm menos probabilidade de beber quando os pais estabelecem regras rígidas em relação ao consumo e comunicam mensagens de advertência.

Por outro lado, o acesso a bebidas alcoólicas em casa, quando os pais permitem que os filhos bebam ou até mesmo fornecem a bebida, está associado ao início precoce do consumo de álcool e a problemas relacionados a essa substância.

Diante desses resultados, os pesquisadores sugerem que os pais reduzam seu próprio consumo de álcool para diminuir a probabilidade de que seus filhos bebam. Além disso, eles destacam a importância da implementação de estratégias eficazes a nível populacional, como o aumento dos impostos sobre o álcool e a regulação das vendas, para reduzir o consumo excessivo de álcool entre adultos e adolescentes.

É fundamental que os pais estejam cientes do impacto de seu próprio comportamento em relação ao consumo de álcool e busquem orientação e apoio, se necessário. A educação dos filhos envolve não apenas palavras, mas também exemplos práticos, e isso inclui a forma como lidam com o consumo de álcool.

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