A questão do afundamento causado pela mina da Braskem está sendo acompanhada pelo observatório desde 2019, e atualmente estão em andamento pelo menos três ações civis públicas que tratam dos danos ambientais provocados pela empresa, bem como para anular o acordo feito pela prefeitura de Maceió para indenização pelos prejuízos causados com o afundamento.
O governo federal autorizou o reconhecimento do estado de situação de emergência na capital alagoana, devido à gravidade da situação nos bairros de Mutange, Pinheiro e Bebedouro, que sofreram abalos sísmicos recentes devido à movimentação da cavidade de uma das minas da Braskem. Segundo a Defesa Civil de Maceió, a última medição apontou que a movimentação vertical acumulada na área é de 1,42 metro e a velocidade vertical é de 2,6 centímetros por hora.
Em resposta à situação, a Braskem informou em nota que continua monitorando atentamente a situação da mina 18 e tomando as medidas necessárias para minimizar o impacto de possíveis ocorrências. A empresa ressaltou ainda que a área está isolada desde terça-feira e que a região está desabitada desde 2020.
A situação em Maceió é preocupante e requer a atenção de diversas autoridades e órgãos competentes para garantir a segurança da população e a minimização dos impactos ambientais e sociais causados pelo afundamento da mina da Braskem. O CNJ, por meio de seu Observatório de Causas de Grande Repercussão, estará acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos e buscando garantir a justiça e a responsabilização das partes envolvidas.