Conselheiro libera pardais depois que filho fecha acordo politico com prefeito Por Marcelo Firmino

pardais

As relações perigosas entre políticos e autoridades dos demais poderes trouxeram a partidarização para as instituições.

A partidarização cada vez mais escrachada das instituições brasileiras revelam relações promíscuas de autoridades nos três níveis de governo e nos três poderes da República. Seja no Planalto ou Maceió  a situação é a mesma. É como se ministros, juízes, promotores, conselheiros e outros fossem todos de um partido: o de interesses.

A partidariação é uma realidade nas cortes de justiça,  nos departamentos de fiscalização, assim como nos de repressão. Vide comportamento de ministros do supremo em julgamentos complicados, assim como de juízes em instâncias inferiores, bem como nas representações do ministério público, seja de contas ou não.

Busque-se o histórico de como tudo  funciona e veja as relações perigosas de ministros das cortes de justiça com líderes políticos corruptos. Em nome dessas relações, quantos processos não são engavetados?

Nas cidades brasileiras essa história não é diferente. Quantos juízes não indicam parentes para cargos comissionados nas Prefeituras e no Executivo Estadual? Promotores fazem o mesmo. Indicam irmãos, cunhados, sobrinhos, namoradas…  Enfim, a lista é longa.

Há assim  o velho jogo de interesses em via de mão dupla. O compadrio que se cria em torno das autoridades é bem ao gosto delas e muito mais ao sabor dos interesses do poder.

Os exemplos existem e estão aí para quem quiser ver.

Imagine que em Maceió um contrato suspeito para a instalação de pardais de trânsito nas ruas e avenidas da cidade foi parar no Tribunal de Contas. A máfia dos pardais chegou a ser denunciada no programa Fantástico da TV Globo por se constituir em fonte arrecadaora de bilhões de reais para financiar campanhas políticas.

Em pleno ano eleitoral, o Tribunal suspendeu o funcionamento dos pardais para analisar o processo. Eis que o mesmo foi parar nas mãos do Conselheiro Fernando Toledo, membro do PDSB, que é o mesmo partido do prefeito da cidade, Rui Palmeira. Toledo até pouco tempo era deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa

O prefeito estava negociando o apoio a sua campanha de reeleição com o PROS. Este é um partido controlado pelo deputado estadual Bruno Toledo, que vem a ser o filho do conselheiro Fernando que estava com o processo dos pardais nas mãos.  O PROS então fechou apoio a candidatura de reeleição de Rui Palmeira. Ato continuo, Toledo, pai de Bruno, liberou no Tribunal o processo dos pardais.

Foi assim que a indústria da multa retornou. Ou seja, os pardais voltaram a funcionar.

Eles estão ligados mas as autoridades estão silenciosas, como se nada tivesse acontecido.

 

Fonte: Marcelo Firmino

Site:  (http://eassim.net/conselheiro-libera-pardais-depois-que-filho-fecha-acordo-politico-com-prefeito/)

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