Confusão generalizada envolvendo os irmãos Ciro e Cid Gomes no encontro do PDT no Rio de Janeiro.

Um encontro conturbado do PDT no Rio de Janeiro marcou um episódio de conflito entre os irmãos Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência, e Cid Gomes, senador pelo Ceará. Considerados figuras importantes dentro do partido, os dois protagonizaram uma discussão acalorada durante o evento, chamando a atenção de todos os presentes.

O desentendimento entre os irmãos rapidamente se transformou em uma confusão generalizada, com aliados de cada um se envolvendo na briga. Testemunhas relataram que a situação esteve prestes a se tornar ainda mais grave, com a possibilidade de agressões físicas.

Esse cenário de animosidade tomou conta do encontro do PDT, que reuniu os presidentes das seções estaduais na sede do partido, localizado no Centro do Rio de Janeiro. As discussões entre as alas pró-Ciro e pró-Cid dominaram grande parte da reunião. Os gritos da briga dos irmãos eram audíveis desde o térreo do prédio.

Antes do encontro, Ciro e Cid almoçaram separados com seus respectivos grupos. Mesmo chegando ao mesmo local, os dois sequer se cumprimentaram. Logo após o encontro, membros do partido participaram de um jantar oferecido pelo deputado federal Mário Heringer (PDT-MG), na tentativa de apaziguar os ânimos exaltados.

Heringer admitiu a dificuldade em resolver os conflitos entre as duas alas do partido: “Não há perspectiva de resolução, as duas alas têm argumentos muito fortes e ainda não conseguimos conciliar os interesses”. Esses desentendimentos vêm ocorrendo desde o ano passado e estão relacionados ao apoio ao PT. Enquanto a ala de Cid defende a retomada da aliança com o partido, os ciristas preferem manter uma posição de oposição.

O embate entre as facções ganhou força após a queda de braço entre o presidente nacional do PDT, André Figueiredo, e o próprio Cid Gomes. Com o apoio de Ciro, Figueiredo destituiu a Executiva do Ceará, que posteriormente foi restabelecida por meio de liminar. Cid convocou novas eleições no estado e foi eleito presidente estadual, mas acabou sendo retirado do cargo por ação judicial movida pelo grupo de Ciro, que retomou o controle do partido no Ceará.

Outro ponto de discórdia entre os grupos é o próximo pleito em Fortaleza. Enquanto alguns defendem a retomada da aliança com o PT, outros preferem lançar uma chapa puramente pedetista. O atual prefeito, Sarto, pertence ao PDT, mas não é apoiado pelo grupo de Cid, que recentemente permitiu a desfiliação do presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão, para concorrer contra Sarto.

Diante dessas divergências, o futuro do PDT permanece incerto e a unidade partidária está em jogo. Resta saber se os conflitos serão superados e se haverá uma conciliação entre as alas em disputa.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo