Conflito entre Israel e Hamas deixa cristãos palestinos sem celebração de Natal em Belém.

Israel continua a bombardear Gaza e o movimento islâmico Hamas informou que os ataques deixaram muitos mortos, em uma noite de Natal marcada pela guerra, sem sinal de fim. Para os cristãos palestinos, a cidade de Belém – conhecida como o local de nascimento de Jesus – não teve muitas festividades. As ruas que normalmente estariam lotadas ficaram quase desertas por causa dos ataques.

Em meio à situação, declarou Fadi Sayegh, um cristão palestino que está no hospital para fazer diálise: “Não há alegria. Não há árvore de Natal nem enfeites, não há jantar em família e nem celebração. Rezo para que esta guerra termine logo.” A freira Nabila Salah, da Igreja Católica de Gaza, também não teve ânimo para comemorar: “Como posso comemorar enquanto minha cidade está destruída, minha família desalojada e meus irmãos e irmãs de luto?”

O conflito entre Israel e Hamas já dura 80 dias, com mortes dos dois lados. O Papa Francisco, durante a missa de véspera de Natal, criticou o “rugido das armas”. O Ministério da Saúde do Hamas informou no domingo que pelo menos 70 pessoas foram mortas por um bombardeio israelense que atingiu o campo de refugiados de Al Maghazi, no centro da Faixa de Gaza. A agência da ONU para os refugiados informou que 80% da população foi deslocada pela guerra e muitas pessoas fugiram para o sul do território de 362 km2.

A situação é grave em Gaza, com escassez de água, alimentos, combustível e medicamentos, devido ao cerco imposto por Israel. Segundo o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, houve a “destruição do sistema de saúde de Gaza”, classificada como “uma tragédia”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que seu país paga “um preço alto pela guerra”, mas ressaltou que “não há escolha a não ser continuar lutando”. O exército israelita reportou esta segunda-feira a morte de mais dois soldados, elevando para 17 o número de vítimas sofridas desde sexta-feira.

A solução para o cessar-fogo ainda não está clara, mas as Nações Unidas e outros órgãos internacionais estão pedindo um cessar-fogo humanitário para tentar amenizar a situação na Faixa de Gaza. A guerra tem gerado sofrimento e mortes e a esperança das pessoas da região é de que a paz retorne.

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