Comissão que monitora o Colapso do Solo em Maceió realiza audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir agravamento da situação.

A situação do colapso do solo em Maceió tem sido uma preocupação constante para autoridades e população local, que enfrentam um agravamento da situação com o afundamento da mina-18, localizada no bairro do Mutange. Para discutir esse tema, a Comissão que monitora o Colapso do Solo em Maceió realizou uma audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (12), coordenada pelo deputado federal Alfredo Gaspar (União), que teve a participação do deputado Marx Beltrão (PP).

Durante a audiência, importantes informações foram trazidas à tona por técnicos dos órgãos de fiscalização, incluindo imagens de satélites que indicam que o afundamento provocado pela extração de sal-gema teve início em 2004 e teria se agravado devido à negligência dos órgãos fiscalizadores. Segundo o coordenador da Comissão, deputado Alfredo Gaspar, essas informações deixaram claro que a situação trágica poderia ter sido evitada com a atuação efetiva dos órgãos de fiscalização.

Além disso, houve a preocupação em buscar soluções para as vítimas desse desastre, como os pescadores e as marisqueiras, e em responsabilizar aqueles envolvidos no colapso do solo. O deputado Alfredo Gaspar destacou a responsabilidade da empresa Braskem, acusando-a de prejudicar a vida de mais de 60 mil pessoas, e cobra soluções para todas as vítimas, principalmente para os recém-atingidos com os novos colapsos, como os pescadores, as marisqueiras, e todos que estão sofrendo com a incerteza de não saber se vão cair dentro de um buraco.

No encerramento de sua fala, Alfredo Gaspar responsabilizou a Braskem, seus controladores, executivos e todos que participaram direta ou indiretamente da maior tragédia socioambiental no país. Além dos deputados Alfredo Gaspar e Marx Beltrão, participaram online os deputados Fábio Costa e Rafael Brito, membros da Comissão, e convidados como representantes da Agência Nacional de Mineração, do Serviço Geológico do Brasil, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, e do Instituto do Meio Ambiente Jean Paul Pereira, e Ricardo César, Coordenador do Gerenciamento Costeiro do IMA/AL.
Espera-se que essa audiência seja apenas o primeiro passo para a busca de soluções efetivas para a situação enfrentada pela população de Maceió. A responsabilização dos envolvidos e a garantia de medidas para mitigar os impactos causados pelo colapso do solo devem ser prioridades das autoridades e das empresas envolvidas. Que a tragédia socioambiental de Maceió sirva de lição para que casos semelhantes sejam evitados no futuro.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo