Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprova projeto para criação de instituições de longa permanência para autistas vulneráveis.

A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou um projeto que tem o objetivo de autorizar a criação de instituições de longa permanência para pessoas com transtorno do espectro autista em situação de vulnerabilidade econômica e acentuado nível de dependência para atividades cotidianas. De acordo com a proposta, o poder público terá a permissão de manter, dentro da política de assistência social, o atendimento a esse público e também a autistas em situação de rua ou que não tenham suporte familiar ou social onde morem.

As instituições de longa permanência para pessoas com transtorno do espectro autista deverão garantir locais para moradia protegida, oferecendo atividades que desenvolvam as habilidades necessárias para o indivíduo alcançar a maior autonomia possível para realizar tarefas da vida diária. Além disso, devem garantir o cuidado integral por meio de uma equipe multiprofissional, promover a socialização e outras iniciativas que possam contribuir com o bem-estar físico, mental, psicossocial e espiritual, e disponibilizar os meios necessários para garantir a participação em atividades profissionalizantes, visando à inserção profissional e à autonomia econômica, de acordo com os interesses, aptidões e limitações de cada indivíduo.

O substitutivo elaborado pela relatora, deputada Dra. Alessandra Haber (MDB-PA), para o Projeto de Lei 536/21, do deputado Célio Studart (PSD-CE) foi aprovado. A relatora apresentou um novo texto após incorporar três apensados. Segundo Dra. Alessandra Haber, que é presidente da subcomissão que discute medidas de inclusão de pessoas com autismo, é necessário prestar atenção em todas as fases da vida das pessoas com transtorno do espectro autista e que a lei vigente, ainda confere pouco amparo a essas pessoas, sendo mais voltada para o diagnóstico precoce e adaptações na escola.

O projeto agora passará pelas comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. Em seguida, se não houver divergências entre as comissões ou recurso assinado por 52 deputados para a apreciação da matéria no Plenário, o projeto seguirá para a análise do Senado.

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