Comissão de Educação debate desafios para pós-graduandos no mercado de trabalho: falta de investimentos e absorção dos profissionais são apontados.

A Comissão de Educação do Senado Federal promoveu nesta terça-feira (26) um debate acerca das políticas públicas e perspectivas para o mercado de trabalho dos pós-graduandos no Brasil. Diversos desafios foram apontados pelos debatedores, destacando-se a escassez de profissionais com doutorado e mestrado no país, bem como a necessidade de maior investimento e absorção desses profissionais no mercado de trabalho.

O requerimento para a realização da audiência pública foi apresentado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), que presidiu a reunião virtual e ressaltou a importância do investimento em pesquisa, ciência e tecnologia para o desenvolvimento nacional e a inserção do país no cenário global.

Durante o debate, Olival Freire Júnior, presidente substituto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), alertou que o orçamento atual da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) não é suficiente para sustentar a quantidade de recém-doutores no Brasil. Esta situação foi corroborada por Vinicius Soares, presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), que ressaltou a dificuldade em formar o número desejado de doutores anualmente.

Além disso, o presidente do Fórum de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (FOPROP), Charles Morphy D. Santos, destacou que, apesar do reajuste das bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado em 2023, a situação ainda é desafiadora e a redução do orçamento previsto para 2024 pode impactar negativamente as ações voltadas para a pós-graduação.

Denise Pires de Carvalho, presidente da CAPES, alertou que o Brasil forma significativamente menos doutores do que a média dos países da OCDE e ressaltou a importância de políticas públicas para estimular a contratação de mestres e doutores pela iniciativa privada.

Diante desse cenário, a necessidade de investimento e valorização da pós-graduação no Brasil se mostra fundamental para o desenvolvimento científico e tecnológico do país. A falta de perspectiva profissional para os pós-graduandos e a necessidade de um plano de absorção desses profissionais são desafios que precisam ser enfrentados para garantir a formação de quadros qualificados e o avanço da ciência e inovação no país.

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