Comissão da Câmara realizará audiência para discutir impactos da importação de gipsita no mercado nacional.

A Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados realizará uma audiência pública na próxima terça-feira (19) para debater os impactos da importação de gipsita no mercado nacional. A gipsita é um sulfato de cálcio natural desidratado amplamente utilizado como matéria-prima em diversos setores, como construção civil, indústria medicinal e ortodôntica, e gesso agrícola.

A solicitação para a reunião foi feita pelo deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), que ressalta que a maior parte da gipsita brasileira é produzida no Polo Gesseiro do Araripe, composto pelos municípios de Araripina, Trindade, Ipubi e Ouricuri, em Pernambuco. Porém, devido à localização dessas minas, o transporte até o mercado doméstico acaba sendo feito estritamente por meio rodoviário, o que eleva significativamente os preços do produto em relação ao custo de produção.

De acordo com Coutinho, esse encarecimento da gipsita brasileira tem impulsionado uma considerável aumento das importações provenientes da Espanha. Somente entre fevereiro de 2020 e abril deste ano, as importações atingiram a marca de US$ 28,7 milhões, o equivalente a R$ 148,8 milhões. Como consequência, os produtores nacionais relatam uma perda de receita de aproximadamente R$ 28,5 milhões ao longo desses 39 meses.

Diante desse cenário, a audiência pública busca discutir possíveis medidas para frear a importação massiva de gipsita e proteger os interesses dos produtores nacionais. A agenda e lista de convidados da reunião podem ser encontradas no site oficial da Câmara dos Deputados.

A audiência está agendada para as 15h30 e ocorrerá no plenário 5 da Câmara dos Deputados. Serão abordados temas como a política de importação, os custos de produção e transporte da gipsita brasileira, bem como as perspectivas e soluções para o mercado nacional.

Essa audiência é fundamental para apontar saídas viáveis e eficazes que possam equilibrar o mercado e garantir a competitividade dos produtores brasileiros de gipsita. Além disso, também é importante avaliar os possíveis impactos econômicos e sociais dessa importação excessiva, considerando que o setor gessieiro é uma importante fonte de emprego e renda para a região do Araripe, em Pernambuco.

Espera-se que a reunião conte com a participação de representantes do setor produtivo, especialistas, parlamentares e demais atores envolvidos no tema. A discussão em torno dessas questões é essencial para promover um debate qualificado e buscar soluções que atendam aos interesses do mercado nacional e preservem a competitividade da indústria nacional de gipsita.

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