Comissão aprova projeto que prevê aproveitamento de ex-empregados da Eletrobras em estatais e sociedades de economia mista.

A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou recentemente o Projeto de Lei 1189/23. Essa proposta estabelece que ex-empregados da Eletrobras, estatal responsável pela distribuição de energia elétrica no Brasil, deverão ser aproveitados por outras estatais ou sociedades de economia mista, ocupando cargos de mesma complexidade. Essa medida busca amenizar o impacto das demissões ocorridas devido ao processo de desestatização da Eletrobras.

O relator do projeto, deputado Rogério Correia (PT-MG), recomendou a aprovação após a inclusão de três emendas. Uma dessas emendas foi apresentada na comissão pelo deputado Florentino Neto (PT-PI), enquanto as outras duas foram propostas pelo próprio relator.

Uma das emendas determina que, assim como na Eletrobras, os ex-empregados de seis distribuidoras privatizadas também sejam aproveitados. Essas distribuidoras são: Companhia Energética do Piauí (Cepisa), Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Centrais Elétricas de Rondônia (Ceron), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Boa Vista Energia e Amazonas Energia.

As outras emendas, propostas pelo relator, autorizam o Poder Executivo a reintegrar ex-empregados da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos da Região Metropolitana de Belo Horizonte (CBTU-MG), demitidos após 2022, e da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), demitidos após 2020.

O deputado Rogério Correia, em seu parecer aprovado, ressaltou a importância dessas medidas, afirmando que muitos dos profissionais afetados pelas demissões são qualificados e concursados, e que sofreram uma mudança radical em suas vidas com os processos de desestatização.

Vale destacar que o então presidente Jair Bolsonaro vetou um trecho da lei de privatização da Eletrobras que previa o aproveitamento dos empregados demitidos sem justa causa em outras estatais. Esse veto foi mantido pelo Congresso devido à falta de votos para derrubá-lo.

Agora, o projeto seguirá sua tramitação e será analisado pelas comissões de Finanças e Tributação, e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

De acordo com os autores da proposta, os deputados Túlio Gadêlha (Rede-PE) e outros quatro parlamentares, as demissões na Eletrobras representam um risco para o sistema elétrico brasileiro. Eles afirmam que o processo de demissão ocorre de forma coercitiva, por meio de planos de demissão voluntária, o que também contribui para o desmonte da empresa.

Essa medida é fundamental para garantir a recolocação desses profissionais qualificados no mercado de trabalho e evitar possíveis problemas no setor elétrico do país. Portanto, é importante acompanhar a tramitação desse projeto e suas próximas etapas.

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