O CNJ confirmou a existência da investigação, porém não forneceu detalhes sobre o motivo da abertura do procedimento ou as hipóteses em apuração. De acordo com o órgão, o trâmite da apuração está sob segredo de Justiça, impossibilitando a divulgação de mais informações no momento.
Além disso, a Transparência Internacional também está sendo alvo de uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Dias Toffoli ordenou a apuração para verificar se a organização se apropriou indevidamente de recursos do acordo de leniência da J&F.
A ONG nega veementemente ter recebido qualquer valor do acordo, quer seja diretamente ou indiretamente. Essa informação já havia sido desmentida anteriormente pela subprocuradora Samantha Dobrowolski, que coordenou a extinta comissão do Ministério Público Federal dedicada aos acordos de leniência e colaboração premiada.
Por outro lado, a Transparência Internacional no Brasil teve participação ativa no estabelecimento de diretrizes para a destinação da multa do acordo, no valor de R$ 2,3 bilhões, que foi reservada para investimentos em projetos sociais. Suas recomendações incluíram princípios que deveriam guiar a seleção de projetos, como transparência, diversidade e legitimidade social, além de orientações práticas para a elaboração dos editais de fomento.
A cúpula da organização, com sede em Berlim, emitiu uma nota nesta terça-feira, alegando que a ONG está sendo retaliada devido ao seu trabalho de combate à corrupção. A Transparência Internacional afirmou que continuará a defender a integridade e a ética em suas ações, apesar das investigações em curso. A organização está comprometida em colaborar com as autoridades para esclarecer todos os aspectos relacionados ao acordo leniência da J&F.
