Segundo informações das Forças Armadas de Israel, ao menos 71 palestinos foram presos na Cisjordânia desde sexta-feira, quando começou o cessar-fogo temporário para a transferência de prisioneiros com o Hamas. No entanto, a Comissão da Autoridade Nacional Palestina sobre os presos por Israel afirma que o número é maior, com um total de 112 palestinos presos desde sexta-feira, sendo 60 deles apenas no domingo.
Apesar das prisões em curso, as negociações para a libertação de prisioneiros têm avançado. Desde sexta-feira, Israel libertou 150 presos palestinos detidos em penitenciárias do país, em troca de 50 reféns sequestrados pelo Hamas no ataque ocorrido em 7 de outubro. O acordo, mediado pelo Catar com a participação dos EUA e do Egito, também estabeleceu um cessar-fogo temporário, inicialmente previsto para quatro dias, mas com a possibilidade de extensão por, pelo menos, mais dois.
No entanto, os militares israelenses intensificaram os ataques noturnos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental desde o atentado do mês passado, alegando que prenderam pelo menos 2 mil palestinos nesse período. Segundo relatos da Comissão Palestina, as prisões incluíram crianças, idosos, mulheres e centenas de ex-prisioneiros.
O acordo entre Israel e o Hamas permitiu que muitas famílias palestinas se reunissem com seus entes queridos, proporcionando um momento de alívio e celebração em meio aos conflitos. No entanto, a violência na Cisjordânia não cessou, e a ONU relata que pelo menos sete palestinos, incluindo quatro adolescentes, foram mortos pelas forças israelenses em confrontos desde sexta-feira.
Além disso, a ONU afirma que pelo menos 222 pessoas foram mortas na Cisjordânia desde o início dos recentes conflitos, representando um dos anos mais mortais para os palestinos em mais de uma década. A maioria dessas mortes ocorreu em decorrência de disparos feitos por soldados israelenses durante operações de busca e prisão.
Enquanto as negociações e os cessar-fogos temporários são estabelecidos entre Israel e o Hamas, a violência e a escalada de prisões na região continuam a marcar a realidade dos palestinos na Cisjordânia.