A cirurgia que Lula fará se chama artroplastia total de quadril, na qual será colocada uma prótese híbrida, que tem parte fixada com cimento ósseo e outra encaixada diretamente no osso. O objetivo desse procedimento é reduzir as dores que o presidente vem sofrendo na cabeça do fêmur, devido à artrose, desde agosto do ano passado, quando estava em campanha eleitoral.
Nos últimos dias, Lula seguiu recomendações médicas para se preparar para o procedimento. Durante suas agendas, ele usou uma máscara de proteção e, na semana passada, cancelou viagens agendadas para esta semana.
O Palácio do Planalto prevê que o presidente fique sem realizar viagens durante um período de quatro a seis semanas. A meta de recuperação estipulada pelo governo é a COP 28, nos Emirados Árabes, marcada para o fim de novembro. Na volta, está prevista uma passagem pela Alemanha.
Em julho deste ano, Lula passou por dois procedimentos para tentar reduzir as dores no quadril. Primeiro, ele recebeu uma infiltração de medicamentos diretamente na região afetada. Em seguida, realizou uma “denervação percutânea no quadril direito”, que utiliza substâncias para tentar eliminar as terminações nervosas que causam dor.
Durante uma live esta semana, Lula afirmou que cogitou realizar a cirurgia logo após as eleições, mas temeu passar uma imagem fragilizada. Ele também disse que não terá imagens suas utilizando andadores e muletas durante o período de recuperação.
O presidente explicou que, durante a campanha eleitoral, mesmo sentindo muita dor, pulava no carro de som para animar as pessoas, pois acredita que um candidato de cabeça baixa não passa otimismo para a sociedade. Por isso, optou por recuperar o Brasil antes de submeter-se à cirurgia, tanto politicamente quanto internacionalmente.
Lula destacou que seu fotógrafo, Ricardo Stuckert, atual secretário de produção e divulgação de conteúdo audiovisual, orientou-o a não deixar que sejam feitas imagens suas utilizando andadores e muletas.
Após a cirurgia, Lula passará por um período de recuperação e seguirá despachando do Palácio da Alvorada. O governo espera que ele esteja recuperado a tempo de participar da COP 28 e das demais viagens previstas em seu calendário presidencial.
