Cinco doenças mais comuns no primeiro ano de vida do bebê

Durante a gestação, o bebê está protegido. E após o nascimento, é praticamente inevitável que a criança não tenha contato com uma série de micro-organismos. A partir do quarto mês de vida, quando acaba a licença maternidade, muitos bebês são encaminhados para creches e escolinhas, aumentando mais essa exposição.

“É uma fase em que o sistema imunológico ainda não está apto para se proteger de todos os vírus”, diz Maria Inês Pinto Nantes, pediatra do Hospital São Luiz Jabaquara e coordenadora de pediatria do Hospital da Criança.

Ela reforça que o organismo se desenvolve com alimentação e vitaminas adequadas, com isso o sistema imunológico vai se fortalecendo. E mesmo assim nunca estará imune de forma integral. “A vacinação é essencial para garantir a segurança dos bebês, em especial, nessa primeira fase de vida. Por meio das vacinas, já foi possível controlar uma série de patologias que eram bastante comuns nesse período como coqueluche, meningite bacteriana, varicela, sarampo, rotavírus, entre outras”, acrescenta Maria Inês.

Já a pediatra e neonatologista Flávia Oliveira, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), explica que em meio ao surto de sarampo que vem acontecendo, é fundamental que as mães estejam com vacinação em dia. “Essa vacina só pode aplicada aos seis meses de vida, e se a mãe estiver imunizada consegue passar anticorpos via placentária e pela amamentação”, comenta.

Com a orientação das especialistas, elaboramos uma lista das principais doenças que podem acometer os bebês no primeiro ano de vida, assim fica mais fácil identificar e tratar o pequeno.

Gripe e resfriado – os resfriados apresentam coriza, tosse e mal-estar, já as gripes provocam febre alta. A indicação é manter o controle da temperatura, realizar uma inalação com soro e observar a formação de secreção. São processos autolimitados, ou seja, em uns três dias já apresenta melhora. Passados os sintomas principais, é importante manter o nariz do bebê lavado e limpo para que a secreção não atinja a tuba auditiva, evoluindo para uma otite.

Otite – infecção do ouvido que, em geral, ocorre por complicação de infecção nas vias aéreas superiores como gripes e resfriados. Pode ser necessário tratamento com antibiótico, portanto é importante acompanhamento pediátrico e avaliação auditiva.

Diarreias virais – são causadas por vírus, podem se manter até duas semanas. A orientação é manter o bebê bem hidratado, a cada evacuação, o nenê deve ingerir líquido. Os alimentos mais leves como frutas, sucos e o próprio leite irão manter uma fonte de caloria e líquida no organismo. Um sinal de alerta acontece se a diarreia estiver associada ao vômito, pois pode provocar uma desidratação. Um parâmetro importante de hidratação é observar a quantidade de xixi. E o vômito que não cessa exige atendimento imediato.

Roséola – apresenta febre alta por até quatro dias, sem outra sintoma associado. A febre atinge um pico, o corpo enche de bolinha e a febre desaparece. Não coça, não dói e não incomoda. Pode gerar preocupação pela febre, mas em três dias – após o surgimento das bolinhas – já vai melhorando.

Sapinho na boca – é uma infecção causada por fungo que pode ser identificada por pontos brancos na boca: face interna da bochecha e língua. Pode parecer um resquício de leite, mas é uma plaquinha que se forma e precisa ser limpa. É comum ser indicado uma medicação tópica e é fundamental após a limpeza do local, higienizar as mãozinhas do bebê, chupeta, mamadeira e até o bico do seio. Caso contrário, o local pode ser reinfectado. Com o tratamento adequado, pode durar até uns quatro dias. No entanto, o antifúngico se mantém por cerca de duas semanas para que não volte a se manifestar.

09/12/2019

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