Segundo o presidente do PT no Ceará, Antônio Filho, a dificuldade reside no fato de que o grupo conta com 43 prefeitos e 15 deputados, o que impacta diretamente em questões locais e em controvérsias políticas. As lideranças estaduais também apontam que a decisão final cabe ao diretório do Ceará, e o líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães, afirmou que não existe possibilidade de filiação ao partido.
Além disso, o deputado federal Eduardo Bismarck, também pedetista de saída, afirma que uma filiação ao PT também enfrenta resistência no grupo de Cid devido a divergências em relação às candidaturas municipais do próximo ano. A decisão sobre o destino do grupo será tomada em 4 de dezembro, em uma reunião em Fortaleza, onde o PT, PSB, Podemos e PSDB fizeram convites formais.
Em termos ideológicos, o PSB seria o partido mais alinhado, mas a possibilidade de uma federação com o PDT nas eleições municipais é um empecilho. Assim, o Podemos desponta como favorito, apesar de não comungar com todos os valores pedetistas. O partido é liderado pelo ex-deputado e prefeito de Aracati, Bismarck Maia, antigo aliado de Cid no estado.
Os irmãos Ferreira Gomes estão vivendo um momento de tensão devido à discordância sobre os rumos do PDT no Ceará. Cid defendia que a sigla fosse base do governo, enquanto Ciro considera impensável um apoio ao PT. Esta divergência começou durante as eleições do ano passado, quando o grupo de Cid se opôs ao lançamento da candidatura do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o que resultou na saída de Izolda Cela e de outros dez prefeitos do partido. A briga persiste, uma vez que Ciro se recusa a se aliar ao PT, enquanto Cid considera essencial essa aliança.