A meteorologista do Inmet, Andrea Ramos, explicou que o ciclone, que se formará no litoral gaúcho, organizará uma frente fria que provocará mais chuvas. Além disso, a previsão é de que as tempestades continuem entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, seguindo posteriormente para o Paraná.
Os temporais que atingiram o estado ontem deixaram marcas significativas, com ventos fortes, queda de granizo e rajadas de vento que atingiram até 107 km/h em Canoas, na base aérea. Em Porto Alegre, as rajadas alcançaram 89 km/h. Como resultado, mais de 1,3 milhão de moradores ficaram sem energia elétrica no Rio Grande do Sul.
As chuvas afetaram ao menos 25 municípios no estado, causando danos como a queda de uma marquise em Cachoeirinha, que resultou na morte de uma pessoa e deixou outras dez feridas. Além disso, a concessionária de distribuição de energia elétrica RGE informou que os danos na rede elétrica foram provocados principalmente por galhos, árvores e objetos arremessados pelo vento.
A situação meteorológica também preocupa outros estados, já que as chuvas devem se deslocar para São Paulo e Rio de Janeiro, também podendo causar estragos. A Defesa Civil já alertou a população para os riscos e recomendou que as pessoas fiquem longe de fios partidos ou galhos de árvores caídos sobre a rede elétrica.
Segundo o Inmet, os temporais no Rio Grande do Sul foram causados por uma área de baixa pressão em níveis médios e altos da atmosfera, e uma intensa corrente de vento vinda do Norte da Argentina, fornecendo energia para instabilizar a atmosfera e gerar chuvas intensas, temporais fortes e granizo.
Diante dessa previsão de mais chuvas e tempestades, as autoridades e a população em geral devem ficar alertas e tomar as devidas precauções para minimizar os impactos desse novo ciclone.
