Essa atitude do presidente do PBoC foi considerada rara pelos economistas, já que normalmente anúncios sobre relaxamento monetário são feitos por autoridades de escalões mais altos do governo, como o primeiro-ministro chinês. O próprio Pan Gongsheng já havia surpreendido em janeiro ao anunciar uma redução de compulsórios durante uma entrevista coletiva.
Além disso, durante a mesma coletiva, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) revelou que as exportações chinesas tiveram um crescimento de cerca de 10% no primeiro bimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já o ministro do Comércio, Wang Wentao, afirmou que tanto as exportações quanto as importações do país aumentaram 8,2% nos primeiros dois meses deste ano.
Foi a segunda vez este ano que dados econômicos importantes foram divulgados com antecedência na China. Em janeiro, o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, adiantou uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
A divulgação precoce dos dados comerciais aconteceu um dia após a China estabelecer uma meta ambiciosa de crescimento de cerca de 5% para 2024, a mesma do ano anterior. A pesquisa oficial sobre a balança comercial do primeiro bimestre está prevista para esta quinta-feira (7), e ainda não está claro se os números divulgados anteriormente foram em yuans ou dólares. A China costuma apresentar os dados de janeiro e fevereiro em conjunto para eliminar distorções relacionadas ao feriado do ano novo lunar.
