China se opõe à “expansão desenfreada de alianças militares” em meio a acirramento com os Estados Unidos

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, expressou sua opinião contrária à “expansão desenfreada de alianças militares” em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira. Essa declaração ocorre em um momento de crescente tensão entre a China e os Estados Unidos, que têm fortalecido alianças na região Ásia-Pacífico.

Wang afirmou que a China se oporá a qualquer tentativa de criar uma aliança similar à Otan na região Ásia-Pacífico, uma vez que isso poderia resultar em conflitos desnecessários. Recentemente, os Estados Unidos anunciaram uma parceria estratégica com Japão e Coreia do Sul, o que gerou comentários de analistas sobre a formação de uma “mini-Otan” no Pacífico.

A China, por sua vez, também tem ampliado sua influência geopolítica através de várias iniciativas. O presidente chinês, Xi Jinping, anunciou recentemente uma “parceria estratégica” com o regime do ditador sírio Bashar al-Assad, levando os interesses chineses para o centro do Oriente Médio. Além disso, os chineses têm sinalizado uma possível aproximação com Japão e Coreia do Sul, tradicionais aliados dos Estados Unidos.

Em meio a esses esforços diplomáticos, movimentações militares também têm contribuído para aumentar as tensões. Enquanto a China mostra seu poderio naval em regiões disputadas no Pacífico, como Taiwan e Filipinas, a Coreia do Sul realizou um raro desfile militar, exibindo sua tecnologia bélica.

Além disso, o presidente chinês, Xi Jinping, tem evitado a participação em encontros importantes, como o G20 e a Assembleia Geral da ONU. A expectativa é de uma possível reunião entre Xi e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante o encontro de cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em São Francisco.

Em relação à guerra na Ucrânia, Wang afirmou que a expansão da Otan no leste da Europa é parcialmente responsável pela invasão russa no território ucraniano. Essas declarações são parte de um amplo programa de política externa divulgado pela China, que busca construir uma “comunidade global de futuro compartilhado”.

No entanto, potências ocidentais alertaram que as propostas chinesas poderiam permitir à Rússia manter o território que ocupou na Ucrânia. O documento divulgado pela China reitera que “não há solução simples para uma questão complexa” e que conflitos e guerras não trazem vencedores.

Em resumo, a China continua a expressar sua oposição à formação de alianças militares na região Ásia-Pacífico, enquanto busca ampliar sua influência geopolítica através de parcerias estratégicas. As tensões entre China e Estados Unidos continuam a se intensificar, com ambos os países fortalecendo suas alianças e movimentando-se militarmente em áreas de disputa. O futuro das relações entre essas duas potências mundiais continua incerto.

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