De acordo com a agência de notícias Xinhua, autoridades alertaram que “algumas partes do norte da China e regiões ao longo dos rios Amarelo e Huaihe poderão atingir temperaturas recordes ou perto do nível mais baixo registado para o mesmo período do ano”.
A primeira nevasca em Pequim causou atrasos no sistema de transporte e cancelamento de voos, enquanto trilhos escorregadios causaram uma colisão no metrô da cidade na noite de quinta-feira que deixou mais de uma centena de feridos. Apesar dos transtornos, turistas da capital enfrentaram o frio para visitar trechos da Grande Muralha localizados nas montanhas que margeiam a cidade, onde um monumento icônico estava coberto de neve.
O clima excepcionalmente frio deverá se espalhar para outras partes da China, com temperaturas chegando a 0 graus Celsius no sul da província de Guizhou, a cerca de 300 km da fronteira com o Vietnã.
Diante da situação, o presidente Xi Jinping pediu “esforços totais nas respostas de emergência”, informou a mídia estatal na noite de sexta-feira. Com os “altos riscos de desastres” decorrentes da onda de frio, “Xi disse que atenção especial deveria ser dada à prevenção de desastres e ao trabalho de resgate”, segundo a Xinhua.
“A capacidade de fornecimento de carvão, eletricidade, petróleo e gás deve ser fortalecida, e deve-se trabalhar para garantir que as pessoas tenham aquecimento”, disse Xi, citado pela Xinhua.
O frio polar surge depois de um verão de calor recorde e inundações devastadoras no norte da China, que os especialistas atribuem ao aquecimento global. As autoridades chinesas estão atentas à situação e solicitam que a população se mantenha informada sobre os alertas meteorológicos e tome as medidas necessárias para se proteger do frio extremo que está por vir. A onda de frio é considerada um desafio para a infraestrutura do país, e autoridades buscam garantir o fornecimento de serviços básicos, como aquecimento e energia, para a população afetada.