O perito criminal Ivan Excalibur, chefe de perícias internas, informou que em 2023 a Chefia de Crimes de Informática periciou 163 aparelhos de celulares, 176 chips de celulares, 46 HDs/SSD de computadores e laptops, 38 mídias de armazenamento (pendrive), 1 tablet e 7 outros tipos de dispositivos eletrônicos. Os números superaram o ano de 2022, quando foram realizados 411 exames e emitidos 225 laudos. Desde a criação do núcleo em 2017, os peritos criminais já realizaram 2.597 exames e emitiram 1.564 laudos que embasaram inúmeros inquéritos policiais de diversas naturezas criminais.
Dentre os focos do último ano estão as operações de combate à rede de venda e consumo de pedofilia e pornografia infantil, identificando criminosos e vítimas. Mas o setor atuou também em várias outras áreas, como crimes de homicídios e fraudes, além de serviços de análise de sistema operacional, invasão de servidores, análise de imagens, de conteúdo e comparação de locutores.
Ivan Excalibur destacou a importância crescente da informática forense na atuação contra crimes, afirmando que hoje o mundo é virtual e que um celular pode revelar muitas informações, permitindo que a prática de crimes seja comprovada através do mundo tecnológico. O perito também explicou que a média de tempo dos exames varia conforme as informações do aparelho, podendo levar em torno de uma semana para concluir a análise de um HD e cerca de 30 horas para entregar o laudo de um smartphone.
Os peritos utilizam equipamentos como UFED 4PC, XRY e o Octoplus da LG para a extração de dados de smartphones, e a expectativa para este ano é que entrem mais quatro peritos no setor, além da chegada de novas ferramentas de trabalho, visando aumentar a produção de laudos e a agilidade nas investigações. Diante do avanço da tecnologia, a informática forense se mostra cada vez mais essencial para a resolução de crimes, contribuindo de forma significativa para a atuação das autoridades policiais.