CGU pede acesso a depoimentos e conversas de ex-ajudante de ordens de Bolsonaro em investigações sobre fraude, joias e atuação da PRF.

A Controladoria-Geral da União (CGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso aos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestados na delação premiada com a Polícia Federal. O órgão de controle também requereu dados de conversas de WhatsApp do militar. O acordo de Cid foi homologado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A CGU investiga envolvimentos de servidores públicos nos casos de fraude em cartão de vacina do ex-presidente Bolsonaro, nas suspeitas sobre entrada irregular de joias da Arábia Saudita no Brasil, a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições do ano passado, além dos atos de 8 de janeiro.

Assinado pelo ministro da CGU, Vinicius Marques de Carvalho, o pedido foi enviado a Moraes, que é relator das investigações no Supremo.

A delação de Cid está sob sigilo. O tenente-coronel foi preso em maio deste ano pela Polícia Federal (PF), por suposta fraude em cartão de vacina de si próprio, de sua família, além de Bolsonaro e sua filha Laura. Enquanto esteve preso, Cid — que foi um dos principais assessores de Bolsonaro durante seu mandato — se tornou peça chave nas investigações que envolvem seu ex-chefe.

Procurada por meio de sua assessoria, a CGU declarou em nota que a investigação do órgão sobre possíveis envolvimentos de servidores públicos nos casos corre sob sigilo.

A CGU solicitou acesso às mensagens trocadas por Cid no WhatsApp com várias pessoas, incluindo ex-ministros e assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro. O órgão busca esclarecimentos sobre diferentes casos, incluindo suspeitas sobre as joias recebidas por Bolsonaro e a atuação da PRF nas eleições, além de outras questões relacionadas à atuação do governo.

Em relação ao caso das joias, a Polícia Federal aponta a existência de uma organização criminosa no entorno de Jair Bolsonaro que atuou para desviar joias, relógios, esculturas e outros itens de luxo recebidos pelo ex-presidente como representante do Estado brasileiro.

Além disso, a PF também apura a suspeita de uma falsificação de dados de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, envolvendo Mauro Cid e sua família, além do ex-presidente Bolsonaro e sua filha. Outra investigação conduzida pela PF aponta a suspeita de interferência nas eleições presidenciais por parte de servidores da PRF.

A investigação realizada pela CGU promete trazer à tona mais detalhes sobre esses casos e esclarecer as suspeitas de irregularidades envolvendo altos funcionários do governo. O acesso aos depoimentos de Mauro Cid e às mensagens trocadas por ele no WhatsApp são essenciais para esclarecer a verdade por trás dessas acusações e fornecer transparência sobre o funcionamento do governo.

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