CAMARA DOS DEPUTADOS – Secretário de Transportes do Pará defende remoção de formação rochosa para construção de hidrovia no rio Tocantins

No último debate realizado na Câmara dos Deputados, o secretário de Transportes do Pará, Adler Silveira, defendeu a remoção da formação rochosa do Pedral do Lourenço para viabilizar a construção de uma hidrovia no rio Tocantins. De acordo com Silveira, o estado do Pará é atualmente a última fronteira agrícola do país, e a hidrovia facilitará o escoamento da produção agrícola, aumentando assim a produtividade e o Produto Interno Bruto (PIB) da região.

O secretário também enfatizou que a construção da hidrovia reduzirá o custo do frete, tornando-o mais acessível, e promoverá uma transformação social na vida das pessoas que vivem na região. Esse projeto conta com o apoio do deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), que acredita que a remoção do Pedral do Lourenço desbloqueará o gargalo logístico local.

O Pedral do Lourenço é um conjunto de formações rochosas que atualmente impede a navegação no rio Tocantins. Com cerca de 43 km de extensão, está localizado entre os municípios paraenses de Marabá e Tucuruí. Vicentinho Júnior expressou seu desejo de ver o rio Tocantins como um “Mississipi brasileiro”, navegável, limpo e viável para todo o país.

No entanto, é importante ressaltar que as obras no rio Tocantins devem respeitar as questões ambientais e os direitos dos povos tradicionais e originários. O presidente do Ibama, Rodrigo Mendonça, destacou que a instituição aguarda a conclusão dos estudos feitos pelo Dnit para decidir sobre a concessão da licença ambiental para a hidrovia.

Erick de Medeiros, diretor de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, informou que a intenção é entregar os estudos ao Ibama até dezembro deste ano. Além da remoção do Pedral do Lourenço, será necessário realizar obras de dragagem e derrocamento para garantir a navegabilidade durante todos os meses do ano no rio Tocantins.

O debate sobre a construção da hidrovia no rio Tocantins se mantém relevante devido aos benefícios que traria para a região, como o aumento da produtividade e a redução do custo do frete. No entanto, é fundamental que essas obras sejam realizadas de forma responsável, respeitando o meio ambiente e os direitos das comunidades tradicionais. O Ibama aguarda os estudos necessários para decidir sobre a concessão da licença ambiental, e espera-se que a hidrovia seja um impulso para o desenvolvimento econômico e social da região.

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