Erundina, em suas declarações, ressaltou que a data não deve ser comemorada, mas sim lembrada, com o intuito de evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. A deputada enfatizou a importância de manter viva a memória desse período e pediu pela retomada das investigações sobre os desaparecidos políticos, visando trazer justiça para aqueles que sofreram torturas e assassinatos durante a ditadura.
Por outro lado, General Girão defendeu as Forças Armadas e afirmou que a história do golpe de 1964 tem sido deturpada, destacando que o movimento militar foi uma contrarrevolução contra a tentativa de implantação do comunismo no Brasil. O deputado expressou preocupação com possíveis limitações à democracia atual, especialmente no que se refere à liberdade de imprensa, opinião e manifestação.
Já Pompeo de Mattos, filho de um preso político durante o regime militar, relembrou a perseguição ao trabalhismo, destacando a importância de zelar pela democracia e melhorar as condições de vida da população como forma de garantir um sistema político mais justo e equalitário.
Em meio a esses relatos e reflexões dos parlamentares, percebe-se a diversidade de opiniões e experiências relacionadas ao golpe de 1964, demonstrando a complexidade desse período da história do Brasil e a necessidade constante de se discutir e compreender os seus reflexos na atualidade. A memória desse episódio histórico segue viva nas palavras e ações daqueles que vivenciaram direta ou indiretamente os seus efeitos, alimentando um debate contínuo sobre os rumos da política e da sociedade brasileira.