A proposta visa incluir essa nova regra na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e também alterar a Lei Maria da Penha, que já prevê a manutenção do vínculo trabalhista por seis meses nos casos em que a mulher precisa se afastar do local de trabalho. Segundo a deputada, o período de seis meses pode não ser suficiente para garantir a segurança da mulher vítima de violência doméstica, por isso ela defende a extensão da proteção do emprego pelo tempo em que durar a medida protetiva de urgência.
Para a parlamentar, a preservação do emprego é uma das medidas mais eficazes para proteger as mulheres e permitir que elas tenham autonomia em relação aos agressores. Além disso, manter o emprego proporciona a possibilidade das mulheres viverem sem violência, preservando sua saúde física e mental.
A Lei Maria da Penha já prevê algumas medidas protetivas que podem ser aplicadas pelo juiz, como a suspensão do porte de armas, o afastamento do agressor do lar e a restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores. Com a nova proposta, as mulheres vítimas de violência doméstica teriam também a garantia de manutenção do emprego pelo tempo necessário para se recuperarem e garantirem sua segurança.
O projeto de lei agora será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, do Trabalho e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovado nessas comissões, poderá seguir em tramitação pelo rito de caráter conclusivo, o que dispensa a deliberação do Plenário. No entanto, caso haja decisão divergente ou recurso assinado por 52 deputados, a matéria também poderá ser apreciada pelo Plenário.
A proposta é uma importante iniciativa para garantir a proteção e a segurança das mulheres em casos de violência doméstica e familiar. Ao estender a garantia de emprego durante o período de medida protetiva, as vítimas terão mais tranquilidade para se recuperar e reconstruir suas vidas sem a preocupação de perder o emprego. É essencial que o projeto seja discutido e aprovado, para que seja assegurado o direito das mulheres a uma vida livre de violência e a uma oportunidade de recomeço.