Um dos principais pontos abordados na LDO é o aumento do salário mínimo, que poderá passar de R$ 1.412 para R$ 1.502 em 2025. Essa medida visa estabelecer as diretrizes para a elaboração do Orçamento do ano seguinte e tem como objetivo apresentar um cenário mais factível para os agentes econômicos.
Os técnicos responsáveis pela elaboração da LDO justificaram a mudança de trajetória das contas públicas pela necessidade de mostrar um caminho mais realista para a economia. Anteriormente, as estimativas apontavam um superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026, porém, as novas projeções indicam um aumento mais gradual: 0,25% em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028.
Para 2025, com um PIB estimado em R$ 12,4 trilhões, a meta será considerada cumprida mesmo que as despesas superem as receitas em até R$ 31 bilhões. No entanto, o projeto da LDO estima um pequeno superávit de R$ 10,8 bilhões, com receitas totalizando R$ 2.319,7 trilhões e despesas em R$ 2.348,8 trilhões.
O governo ressalta a importância dos superávits para equilibrar a dívida pública, garantindo um cenário sustentável para a economia. O Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirma que o aumento da dívida de 76,6% do PIB em 2024 para 79,7% em 2027 é viável, desde que se mantenha um controle rigoroso das despesas públicas. Além disso, o governo prevê uma redução de gastos de R$ 37,3 bilhões entre 2025 e 2028, através de revisões nos gastos com benefícios previdenciários e seguro agrícola.
Em suma, o projeto da LDO para 2025 apresenta um cenário de ajustes fiscais e metas realistas para o equilíbrio das contas públicas nos próximos anos, visando garantir a saúde financeira do país e uma recuperação econômica consistente.