A prisão de Brazão causou comoção entre os políticos, incluindo a líder do Psol, deputada Erika Hilton, que descreveu o assassinato de Marielle como um crime brutal que abalou as estruturas democráticas do país. Ela ressaltou a importância de se descobrir os mandantes do crime, não apenas para as famílias das vítimas, mas para toda a sociedade brasileira.
Por outro lado, o líder da minoria na Câmara, deputado Carlos Jordy, criticou a postura de alguns segmentos políticos que, segundo ele, estariam agindo de forma leviana diante do acontecimento. Já o deputado Mauricio Marcon destacou que, após anos de acusações injustas ao ex-presidente Bolsonaro, a Polícia Federal conseguiu prender os verdadeiros criminosos envolvidos com milícias.
Guilherme Boulos, deputado do Psol, ressaltou a importância da prisão dos mandantes e questionou a ligação do general Braga Netto – que posteriormente se tornou ministro de Bolsonaro – com um criminoso que chefiava a polícia carioca na época do assassinato. O dia da prisão foi descrito por ele como muito esperado nos últimos seis anos.
Além disso, a deputada Lídice da Mata criticou a atitude do delegado que investigava o caso, e Gleisi Hoffman, do PT, enfatizou a relevância da prisão dos suspeitos como um marco na luta contra a violência política e de gênero. A prisão de Chiquinho Brazão ainda aguarda a chancela da Câmara dos Deputados, conforme previsto na Constituição, e o STF tem 24 horas para comunicar a decisão à Casa. Ainda há muitos desdobramentos a serem acompanhados nesse caso que marcou a política brasileira nos últimos anos.