Essa mudança foi justificada pelos técnicos responsáveis pela elaboração do projeto, que afirmaram ser necessária a apresentação de um cenário mais factível para os agentes econômicos. Anteriormente, a estimativa era de um superávit nas contas públicas de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% do PIB em 2026, porém, agora a previsão é de uma subida mais gradual: 0,25% em 2026, 0,5% em 2027 e 1% em 2028.
Para cumprir a meta estabelecida para 2025, que é de um PIB estimado em R$ 12,4 trilhões, será necessário que as despesas não ultrapassem as receitas em até R$ 31 bilhões. O projeto da LDO também estima um pequeno superávit de R$ 10,8 bilhões, com R$ 2.319,7 trilhões de receitas e R$ 2.348,8 trilhões de despesas, desconsiderando cerca de R$ 40 bilhões em precatórios do resultado fiscal.
Outro ponto destacado no projeto da LDO é a revisão de gastos, que prevê um crescimento das despesas em 2025 de até 70% da variação das receitas em um ano, respeitando o limite de 2,5% estabelecido pela legislação. A expectativa é que essas medidas, aliadas a um crescimento econômico em torno de 2,5% ao ano até 2028 e a redução de gastos com benefícios previdenciários e seguro agrícola, contribuam para o equilíbrio das contas públicas nos próximos anos.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, ressaltou a importância dos superávits para equilibrar a dívida pública e destacou a necessidade de atenção às despesas públicas para garantir a sustentabilidade financeira do país. Além disso, a previsão de uma taxa de juros básica de 6,77% ao ano em 2028, em contraste com os atuais 10,75%, também é um elemento considerado para a estabilidade econômica no longo prazo.