Arthur Maia expressou a sua preocupação com o desrespeito à comissão por parte do STF e questionou a validade da existência da CPMI. Ele afirmou que, ao conceder uma liminar permitindo que uma testemunha não compareça, o ministro está prejudicando, esvaziando e obstruindo o trabalho da comissão. O deputado ressaltou que o STF está interferindo nas prerrogativas da CPMI e está colocando em jogo a importância das investigações parlamentares.
Diante dessas decisões, Arthur Maia anunciou que irá conversar com os presidentes do Congresso, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, para avaliar a possibilidade de entrar com uma Ação Direta de Preceito Fundamental (ADPF) no STF. O objetivo da ação será questionar a capacidade de um ministro autorizar ou não uma convocação feita pela CPMI. O presidente da CPMI também defendeu que as decisões individuais dos ministros sejam levadas ao pleno do STF.
Além de Arthur Maia, vários deputados e senadores também demonstraram insatisfação com as decisões do STF. O deputado Aluisio Mendes afirmou que é preciso se indignar diante da usurpação dos poderes do Congresso Nacional. Ele ressaltou que essa situação afeta a autonomia do Legislativo e coloca em risco as prerrogativas das CPIs e CPMIs. Já o deputado Rogério Correia questionou a razão de existir uma CPMI se ela não tem poder de fazer convocações. Ele enfatizou que, mesmo que as testemunhas tenham o direito de não produzir provas contra si mesmas, elas devem, ao menos, comparecer à comissão.
Por outro lado, parlamentares de oposição argumentaram que algumas testemunhas convocadas pela CPMI, como Osmar Crivelatti, não têm ligação com o escopo da investigação. O deputado Pr. Marco Feliciano defendeu essa linha de raciocínio, porém criticou as ações do STF. Ele afirmou que há pessoas que são convocadas sem terem relação com o tema da CPMI, o que leva o STF a permitir que eles não compareçam.
O presidente Arthur Oliveira Maia informou que o requerimento para convocar o comando da Força Nacional em 8 de janeiro será votado na próxima semana. Esse requerimento envolve questionamentos sobre a atuação da Força Nacional para impedir os ataques às sedes dos três poderes. Além disso, foi confirmado que o relatório final da CPMI será apresentado no dia 17 de outubro.
Essa situação coloca em evidência a tensão entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, e levanta questões sobre a independência dos poderes e a capacidade de conduzir investigações parlamentares de maneira eficaz. O desdobramento desse caso ainda está incerto, pois há a possibilidade de uma ação no STF questionando as decisões do ministro André Mendonça e a convocação de autoridades para esclarecer a situação.