CAMARA DOS DEPUTADOS – Governo se compromete a estabelecer índice mínimo de eficiência energética para edificações em 2025, visando redução do consumo no Brasil.

O governo brasileiro está focando em estabelecer um índice mínimo de eficiência energética para edificações até o ano de 2025. Segundo Samira Carmo, representante do Ministério de Minas e Energia, o setor de construção civil é um dos que mais demandam investimentos na redução do consumo de energia, principalmente em economias emergentes como a do Brasil.

Durante um debate promovido pela Frente Parlamentar de Energia da Câmara dos Deputados, Samira Carmo explicou que, no ano de 2024, o governo planeja implementar índices mínimos de eficiência energética em produtos como lâmpadas de led e refrigeradores comerciais. Em 2023, a medida foi direcionada para os refrigeradores residenciais, o que gerou certa resistência por parte do setor empresarial.

De acordo com a representante do Ministério de Minas e Energia, ainda existe uma cultura nas empresas que encaram os investimentos em eficiência energética apenas como custos. No entanto, ela ressalta que cada real aplicado na eficiência energética resulta em uma economia de R$ 3,40.

Carlos Alexandre Pires, do Ministério do Meio Ambiente, também destacou a resistência da indústria em aumentar os investimentos nesse setor. Ele enfatizou a importância de tornar a indústria brasileira mais competitiva globalmente, enfrentando de igual para igual outras indústrias ao redor do mundo.

Samira Carmo ainda alertou sobre o potencial de crescimento do consumo de energia no Brasil e a necessidade de se tornar mais eficiente para lidar com essa demanda. Ela comparou o consumo de energia no Brasil com o dos Estados Unidos, mostrando que o país tem muito a evoluir nesse sentido.

Diante dos compromissos assumidos para combater as mudanças climáticas, será essencial aumentar a taxa de melhoria da eficiência energética a níveis mais ambiciosos nos próximos anos. Durante o debate, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia defendeu a aprovação de projetos de lei que promovem a eficiência energética, como o PL 3447/21 e o PL 3324/21, que estão em análise na Câmara dos Deputados.

A audiência pública foi conduzida pelo deputado Bandeira de Mello, vice-presidente de Eficiência Energética da Frente de Energia. A necessidade de avançar na eficiência energética se apresenta como uma agenda prioritária para o setor energético brasileiro, visando não apenas a redução de custos, mas também a sustentabilidade e competitividade no mercado global.

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