CAMARA DOS DEPUTADOS – Governo apresenta projeto que permite motorista trabalhar para múltiplas empresas e garante remuneração mínima digna.

O governo anunciou nesta semana um projeto de lei complementar que visa estabelecer uma remuneração mínima para os motoristas de aplicativos, assim como outros direitos. A proposta, que será enviada ao Congresso Nacional, tem como objetivo garantir que os cerca de 1,5 milhão de motoristas recebam, no mínimo, R$ 32,90 por hora de trabalho, sendo uma parte destinada a custear despesas como celular, combustível e manutenção do veículo.

Além disso, o projeto prevê a inclusão dos motoristas no INSS, garantindo benefícios previdenciários, e estabelece uma jornada de trabalho de oito horas diárias, com um máximo de 12 horas. Outra novidade é que os motoristas poderão trabalhar para quantas empresas desejarem, sendo chamados de “trabalhadores autônomos por plataforma”.

A proposta também tem como objetivo incluir os entregadores de aplicativos de delivery, como o iFood. O deputado Airton Faleiro destacou a importância de regularizar a situação desses trabalhadores, ressaltando que não se cederá à resistência de empresas como o iFood. Em contrapartida, o iFood afirmou estar disposto a negociar e buscar uma proposta de regulamentação que atenda às demandas dos entregadores.

No entanto, nem todos estão de acordo com a urgência na análise do projeto. O deputado Daniel Agrobom, da Frente Parlamentar dos Motoristas de Aplicativos, manifestou sua posição contrária à pressa na aprovação, argumentando que os parlamentares precisam de mais tempo para analisar e discutir a proposta.

A proposta do governo resultou de um grupo de trabalho que contou com representantes dos trabalhadores, das empresas, da Organização Internacional do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho. A intenção é conciliar os interesses de todas as partes envolvidas, garantindo direitos e benefícios para os motoristas de aplicativos.

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