As acusações contra esses parlamentares são diversas e vão desde apologia ao regime de exceção até ameaças de agressão física. No caso do deputado Ricardo Salles, a acusação é de fazer “apologia ao regime de exceção que vigorou entre os anos 1964 e 1985 no País”. Segundo as legendas PT, Psol, PCdoB e PSB, a fala de Salles viola o decoro parlamentar e configura crime comum.
Já a deputada Sâmia Bomfim é acusada de atacar a honra e a imagem dos deputados Ricardo Salles e Delegado Éder Mauro durante uma reunião da CPI do MST, insinuando que Salles estava agindo em favor de financiadores da sua campanha eleitoral para a Câmara, e acusando Éder Mauro de tortura.
O General Girão é acusado pelo Psol de ter ameaçado agredir fisicamente o deputado Glauber Braga durante uma votação de um requerimento na Comissão de Relações Exteriores. Enquanto a deputada Jandira Feghali é acusada de quebrar o decoro ao chamar o deputado Nikolas Ferreira de “moleque” durante uma reunião da CPMI do 8 de Janeiro.
Por fim, o deputado Lindbergh Farias é acusado pelo PL de faltar com o decoro parlamentar ao chamar a deputada Carla Zambelli de terrorista durante uma sessão no Plenário da Câmara.
A reunião do Conselho de Ética está marcada para as 10 horas, porém, o local ainda não foi definido. Ainda não foram divulgados os pareceres dos relatores responsáveis por cada caso. A política brasileira continua sendo palco de intensos embates e acusações que exigem avaliação ética e disciplinar por parte do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados.